Izabel
Padovani a um passo da final do Prêmio Visa
Teatro do Sesc Vila Mariana, São
Paulo - SP
Texto: Aline Coutinho 04/09/2005
Abrindo
a fase semifinal do 8º Prêmio Visa de Música Brasileira -
Edição Vocal, apresentaram-se, no dia 04 de setembro o grupo
Vocalise , Ana Cascardo e Izabel Padovani. Num teatro cheio,
porém não lotado (eram visíveis os lugares vagos na área reservada
a convidados), artistas com estilos diferentes e repertórios
parecidos passaram pelo palco do Teatro do Sesc Vila Mariana.
O
grupo carioca Vocalise abriu a noite com "Medley Djavan" cantando
Capim e Fato Consumado. Apesar do estilo um tanto quanto antiquado,
na interpretação e no figurino, o quinteto foi bem recebido
pelo público. Na seqüência, apresentaram as músicas "Choro
Bandido", de Edu Lobo e Chico Buarque, "Chá de Panela", de
Guinga e Aldir Blanc e "Um Canto de Trabalho", de Nélson Ângelo
e Cacaso. A segunda apresentação da noite foi da mineira Ana
Cascardo , que, assim como na fase eliminatória, fez uma apresentação
mais contida, mais clássica. Com uma voz afinada, mas sem
grande brilho, Ana escolheu para seu repertório "Luzes", de
Paulo Leminski, "Valsa para Helena Kolody ", de Gerson Bientinez
e Etel Frota, "Com Açúcar com Afeto", de Chico Buarque e,
mais uma vez na noite, Djavan com "Romance" e "Capim".
O
melhor momento da 1ª Semifinal ficou por conta de Izabel Padovani
. Sua apresentação começou com sua divertida e atrapalhada
entrada enquanto a apresentadora Rose de Oliveira ainda fazia
a introdução. Cessadas as gargalhadas da platéia, Izabel mostrou
que atrapalhada foi apenas sua entrada. A apresentação da
mezzo-soprano foi de altíssimo nível. Muito segura e à vontade
no palco, Izabel Padovani usou toda sua técnica, teatralidade
e autenticidade para mostrar seu ótimo repertório: " Mimi
", de Braguinha , "Permuta dos Santos", de Edu Lobo e Chico
Buarque, "Eu te amo", de Chico Buarque e "Um a Zero", de Pixinguinha,
Benedito Lacerda e Nelson Ângelo. O resultado foi a calorosa
reação da platéia ao final de sua apresentação. Ao sair do
palco, Izabel deixou a sensação de que uma das vagas na final
já está preenchida.
Encerrando
muito bem a noite, o bandolinista Danilo Brito mostrou porque
foi o vencedor do 7º Prêmio Visa - Edição Instrumental. Com
muita simpatia, simplicidade e talento e acompanhado de ótimos
músicos, agradou, e muito, o público. Em mais uma coincidência
de repertórios da noite, mostrou sua versão instrumental de
"Um a Zero", de Pixinguinha.
Já
apresentação agressiva do Duofel não agradou a todos (notava-se
que o público, aos poucos, foi deixando o teatro). Um bom
momento da apresentação do duo foi a parceria com Danilo Brito,
que mais uma vez mostrou sua versatilidade e competência ao
tocar com os músicos Luiz Bueno e Fernando Melo, de estilos
tão diferentes ao dele.
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