Hoje
é dia de torcida
Texto: Carlota Cafieiro
Campinas
pode ainda não ser o lugar ideal para se desenvolver carreira
musical, mas é, com certeza, celeiro de grandes talentos.
nesta quarta-feira é dia da cantora Izabel Padovani brilhar
pela terceira vez no 8 Prêmio Visa de Música Brasileira -
Edição Vocal, na grande final que será realizada às 20h30
no Tom Brasil das Nações Unidas, em São Paulo. Ela chegou
à final após concorrer com 24 intérpretes.
No
ano passado, na edição instrumental do Prêmio, o grupo campineiro
Quatro a Zero conquistou o segundo lugar. O júri este ano
é composto por Nelson Ayres, Arrigo Barnabé, Jane Duboc, Lutero
Rodrigues, Mônica Salmaso, Roberto Sion e Zélia Duncan.
A
premiação será de R$ 110 mil mais a gravação de um CD, para
o primeiro lugar; R$ 50 mil para o segundo; e R$ 30 mil, para
o terceiro. Os demais finalistas receberão R$ 5 mil cada um.
Além disso, o público presente na grande final irá decidir,
por voto popular, quem ganhará uma viagem para Fernando de
Noronha.
Com
voz meio-soprano, Izabel Padovani vai interpretar Circuladô,
de Caetano Veloso; Fui no Mês que Vem, de Vitor Ramil; e Frevo
Diabo, de Edu Lobo e Chico Buarque, acompanhada de clarinete,
baixo, violoncelo e piano. "Gosto de escolher o 'lado B' dos
grandes compositores, assim posso dar a minha versão", disse
em entrevista ao Caderno C.
Em
suas duas apresentações no Prêmio Visa, Izabel surpreendeu
o júri, os jornalistas e a platéia com sua interpretação precisa
e teatral. O Tom Brasil fica na Rua Bragança Paulista, 1.281,
Santo Amaro. Os ingressos custam R$ 20,00 (camarote e setor
vip) e R$ 15,00 (setor I, II e frisas). Outras informações:
(11) 2163-2000. No domingo, às 22h30, o canal pago Multishow
exibe o show. Segue entrevista com a cantora:
Agência
Anhangüera - O que você está achando do Prêmio Visa até agora?
Muito difícil?
Izabel
Padovani - Sinto que é uma coisa séria, com jurados competentes.
E isso em um país como o Brasil, que tem tradição de corrupção,
que não apóia para a cultura.
Você
sente que, finalmente, seu trabalho será conhecido e reconhecido
no Brasil?
O
Prêmio Visa realmente dá visibilidade. Estou voltando para
o País (ela estava morando na Áustria) e quero aproveitar
este momento para investir na minha carreira aqui. Não penso
em quanto tempo irei ficar aqui, mas sei que irei morar em
São Paulo, onde as coisas acontecem.
Você
conhece os outros concorrentes? Acha que vai ser difícil?
Vai
ser um páreo duro. Recebi um CD de Ana Luíza e de Cris Aflalo.
Gostei muito. O legal é que ninguém se entrega ao clima de
competição. As pessoas são muito queridas. Estamos nessa pela
música.
Qual
é a sua expectativa sobre o prêmio?
Sem
expectativa. Prefiro não esperar nada.
O
que tem escutado desde quando voltou ao Brasil?
De
tudo um pouco, principalmente música instrumental. Mas eu
estou muito curiosa para conhecer mais sobre o que tem sido
feito no meu país neste momento. Estou escutando Renato Brás,
Rosa Passos. Tem um monte de gente boa.
O
que pretende fazer se ganhar o Prêmio?
Tirar
férias.
Os
finalistas
Quem
concorre à final do 8 Prêmio Visa de Música Brasileira
IZABEL
PADOVANI
A
meio-soprano nasceu em Campinas e, desde 1996, vive entre
Áustria e Brasil. Tem dois CDs gravados, Mar&Bel e Hein?,
como pianista Marcelo Onofri, e acaba de lançar Tons - Bass
and Voice, com o baixista Ronaldo Saggiorato.
NÓS
QUATRO
Célia
Vaz, Márcio Lott, Fabíola e Ana Zinger formam o grupo carioca,
que lançou o primeiro CD, Uma Viagem pela MPB (Biscoito Fino).
Todos têm longa trajetória profissional
RUBI
Radicado
em São Paulo desde 1992, o cantor e ator goiano Rubi lançou
o primeiro CD em 1998. Atualmente, participa do projeto musical
Canto de Cozinha, ao lado de Kleber Albuquerque, Tata Fernandes,
Ceumar e Gero Camilo.
CRIS
AFLALO
A
cantora paulista Cris Aflalo fincou raízes no baião e suas
vertentes após descobrir, aos 18 anos, a obra de Xerêm. Em
2003, lançou o primeiro CD, Só Xerêm.
ANA
LUIZA
Em
1999, a cantora e compositora paulistana lançou pela Dabliú
Discos o primeiro CD, gravado ao vivo, fruto da parceria com
o pianista Luís Felipe Gama, que soma dez anos.
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