Jornal: Guia da Folha/Folha de São Paulo
Cidade: São Paulo
Data:
23/06/2006


Imprensa
 
   
 

Cantora põe técnica a serviço da interpretação
Carlos Calado

Até o ano passado, quando conquistou o Prêmio Visa de Música Brasileira, Izabel Padovani era praticamente desconhecida no país. Mesmo para alguns dos jurados que a premiaram, a voz dessa paulista nascida em Campinas surgiu como novidade.

Não que ela seja uma estreante. Com quatro discos, Izabel atuou por quase uma década na Áustria. Ali desenvolveu criativa parceria com o baixista Ronaldo Saggiorato e com o pianista Marcelo Onofri, que também vão acompanhá-la no show de quarta (dia 28) no Sesc Pinheiros.

Dona de voz trabalhada em anos de convivência com o repertório erudito, Izabel usa a técnica adquirida para aprimorar a interpretação, sem afetar a emoção. Não à toa, muitas de suas performances soam como música de câmera. Ela canta com precisão e versatilidade típicas de grandes instrumentistas.

Raras cantoras teriam coragem de abrir um show com um samba do polêmico Benito de Paula ("Retalhos de Cetim"). E essa é apenas uma das preciosidades do repertório da moça, que destaca o alternativo Manu Chao e o gaúcho Vitor Ramil. Sorte nossa: Izabel já chegou madura.

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Última atualização em 20 de janeiro de 2010